data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Um projeto da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) contribuiu para o ensino, extensão e, principalmente, o meio-ambiente. Mudas de árvores nativas e frutíferas são cultivadas e doadas para produtores locais e para reflorestamento. A produção foi reduzida devido à pandemia, mas segue ativa no Setor de Espécies Nativas e de Práticas Ambientais (Senpa), vinculado ao Colégio Politécnico.
Estudantes de fora de Santa Maria poderão participar do Pré-Universitário Popular Alternativa
Um dos benefícios do projeto é a retomada da biodiversidade em áreas que já tenham sido prejudicadas. Como as plantas são frutíferas, a disseminação, quando elas são levadas a campo, é feita pelos animais que se alimentam dos frutos.
- Isso possibilita que a fauna, através da alimentação, dissemine cada vez mais, melhorando a biodiversidade do local - conta o orientador do projeto, o professor Renato Trevisan.
Algumas das espécies propagadas são pitangueira, jabuticabeira, araçazeiro, guabijuzeiro, por exemplo. Todas são ligadas aos biomas da Mata Atlântica e do Pampa.
VÍDEO: campanha arrecada livros para crianças e adolescentes em Santa Maria
AUXÍLIO
O cultivo destas frutíferas é associado com práticas de extensão da universidade. Recentemente, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Agudo recebeu duas mil mudas. No ano passado, o município sofreu com um incêndio que queimou 105 hectares, dos quais 93% era de mata nativa. A doação buscou auxiliar a reativação do viveiro florestal de Agudo.
Além disso, produtores locais são beneficiados. Neste caso, contudo, é preciso ser observado que o retorno não é imediato, já que leva tempo até a geração do fruto.
- A ideia é resgatar as frutíferas e possibilitar uma renda extra para os produtores. Temos que levar em conta que as frutíferas tem um longo período para entrar em processo de produção. Através disso pensamos outras formas de contemplar os produtores. Fazer a produção não por sementes, mas por partes da planta que podemos destacar, para antecipar o processo de produção - explica Trevisan.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
PRODUÇÃO
Atualmente, o projeto enfrentou um período com déficit na produção. A mão de obra é feita por estudantes em aulas práticas. Como a maioria das atividades presenciais está suspensa, o trabalho ainda não foi retomado totalmente. A expectativa do Senpa é aumentar o número de mudas produzidas.
A parte voltada às técnicas de germinação das sementes das espécies será continuada. Outro objetivo é estudar formas de armazenamento de sementes para prolongar a sua viabilidade, para maximizar a produção
A UFSM deve iniciar o segundo semestre letivo em 4 de outubro. Paralelo a isso, o calendário suplementar deve recuperar atividades presenciais. Com isso, a expectativa do Senpa de aumentar a produção pode se tornar mais próxima da realidade.